hermeticus philosophia
Theosophie & Alchemie, Leonhardt Thurneysser zum Thun, 1574.
Na vastidão das sabedorias civilizacionais, a filosofia hermética oculta-se na noite dos tempos e revela-se a luz, num conhecimento ancestral transmitido pelos Filósofos, sábios e sacerdotes do Egipto antigo.
As leis herméticas – mentalismo, correspondência, vibração, polaridade, ritmo, causa e género – revelam-se chaves para compreender a Natureza Universal. Sugerem que tudo se manifesta na mente divina, onde todos os planos de existência estão interligados em constante movimento. Cada coisa vibra na sua própria frequência, apresentando polaridades opostas. A compreensão e aplicação destas leis, não apenas elucidam os mecanismos cósmicos mas também revelam-se guias preciosos na evolução natural do ser humano, destacando a importância de alinhar a nossa vida com os ritmos eternos que regem a existência.
As duas naturezas – masculina e feminina – refletem o consciente e o inconsciente em nós.
Os três princípios – sal, enxofre e mercúrio – representam o corpo, a alma e o espírito.
Os quatro elementos – terra, água, ar e fogo – estão relacionados com os aspectos humanos. A terra representa o aspecto biológico, fundamental para nossa sobrevivência neste plano material. A água representa o aspecto emocional, responsável pelas marés das nossas emoções e sentimentos. O ar representa o aspecto mental e é responsável pela brisa que ventila os nossos pensamentos. O fogo, representa o princípio anímico, o que confere vida a um Ser.
A evolução natural, passa por harmonizar os quatro elementos dos três princípios, pelas duas naturezas seguindo as leis universais. No exercício deste equilíbrio, tornamos mais conscientes de nós e do mundo que nos rodeia, alcançando assim um bem-estar global e a tal conexão mais profunda com a nossa essência.
Deste modo, a Filosofia Hermética desvela-se diante dos nossos olhos como um pergaminho enigmático, com símbolos de profundo significado, que guiam o caminho à medida que deciframos os mistérios do seu conhecimento.
Assim age o filho da arte que procura as núpcias, do seu enxofre com o seu mercúrio, seguindo as leis naturais do Universo, para retornar ao Centro, o corpo da lapis philosophorum.
Apresenta-se, assim, quatro saberes práticos, as plantas, os florais, os óleos essenciais e a espagíria, como métodos auxiliares ao equilíbrio natural e pleno do Ser Humano, corpo, alma e Espírito.
Frontispiece, Johann de Monte Snyders, Metamorphosis planetarum, Amsterdão, 1663.
Cubo representa a Terra, Matéria,
o elemento da estabilidade e solidez, o Corpo
onde a primeira operação, a Calcinação,
realiza a sua primeira transformação.
Plantas que apresentam compostos químicos naturais
para interagir com os nossos sistemas bioquímicos equivalentemente, regulando processos metabólicos, combatendo estados enfermos e fortalecendo a imunidade.
Esta interação destaca o papel vital das plantas
na promoção da boa-disposição física.
Icosaedro, representa o elemento Água, Fleuma,
o elemento da fluidez, a Alma, onde a Separação
das emoções e dos pensamentos deve acontecer
de maneira a estabelecer o equilibro cognitivo.
Florais de Bach cabem numa doutrina natural,
que aborda a causa das enfermidades físicas
na desproporção emocional e vibracional. Restitui
a moderação e o auto-controle nesses planos.
Esta interação destaca o papel vital das flores silvestres
na promoção do bem-estar emocional.
Octaedro representa o elemento Ar,
o elemento de transformação, o Espírito,
onde se realiza a primeira purificação,
a Destilação do mais leve, subtil e volátil.
Óleos Essenciais reúnem uma vasta e versátil capacidade de influenciar processos bioquímicos, como a neuro-transmissão e a regulação hormonal. Revelam a conexão com o sub-consciente.
Esta interação destaca o papel vital destes químicos naturais na harmonia entre o corpo e a Espírito.
Tetraedro representa o elemento Fogo, elemento da clareza do conhecimento, a Mente,
onde se purifica o mais nobre, numa Sublimação
do mais puro ruma a essência.
5ºEssência Espagírica, constituído pelo mais puro da matéria vegetal, a sua essência. Proporciona por analogia uma homogeneidade integral com todas as parcelas constituintes do Ser Humano.
Esta interação destaca o papel vital do reino vegetal
como mediador ao plano transcendental.
Ortografia conforme o antigo Acordo Ortográfico da língua portuguesa.