A sabedoria eterna ajusta-se ao tempo, a cada etapa da evolução Humana. Os Ensinamentos das Leis da Natureza implicam a superação do envolvimento da máteria com o mundo interior. Um aspecto fundamental para um entendimento racional e intuitivo, será, a Origem! Conhecer o mais profundo do assunto. Ir a raiz e não ficar nos ramos da Árvore do Conhecimento, porque a luz ilumina a copa mas a obscuridade oculta a raiz. Nesta duplicidade encontramos dois tipos de explicações, conclusões:
O saber exotérico e o conhecimento esotérico, ambos necessários para que a árvore cresça e de seus frutos.
A HISTÓRIA DO CAMINHO (esotérico).
Antes que este caminho fosse chamado de Santiago de Compostela, nele transitavam povos pagãos, grupos de sacerdotes e místicos que atravessavam os Pirenéus vindos da França. Eram os Celtas Druidas. Sua principal devoção era à Mãe Terra, uma vez que se consideravam originários do povo de Dana, a grande deusa da época matriarcal e se intitulavam “Tuatha Dé Danann”. Naquele caminho encontravam uma boa razão para reverenciá-la. Sob seu solo se concentrava grande quantidade do metal telúrico que consideravam a manifestação energética desta deusa. Chamavam-na também de Virgem Negra, justamente pela cor deste metal negro. O paganismo celta sempre celebrou Virgens Negras por causa da crença de que sua força viria deste metal. À força telúrica então correspondia à da Mãe Terra, cuja concentração maior estava neste Caminho.
O Caminho esteve ali por milhares de anos. Era a trajetória do Sol em direção ao pôr-do-sol no oeste, onde termina a terra. O caminho das estrelas marcada pela Via Láctea, balizado por homens pré-históricos com dolmens e megálitos, o Caminho de Anu, a Cadeia Céltica de Lugh, o Callis Ianus (caminho de Janus) dos romanos, que levava à sagrada floresta de Lucus Augusti e Ara Solis, onde quer que fosse foi o mundo acaba, no Finis Terrae .
Na época em que os bárbaros Visigodos, lá pelos anos 400, invadiram a Espanha, o Finisterra, local isolado, considerado na época como o extremo fim do mundo conhecido, era visitado por grupos místicos que iam venerar um mestre de nome Jakim. Iam ali fazer retiros e consultá-lo. Mesmo após a sua morte, continuaram por longo tempo atravessando o norte da Espanha até o Finisterra para louvá-lo. Também na posterior invasão dos romanos,estes levantaram em todo o norte espanhol muitos locais de ritos a seus deuses, como Mercúrio, Marte etc. Portanto, este percurso sempre foi pleno de peregrinações devocionais.
Conta-nos o Cristianismo que só pelo sec. IX começaram nele as devoções cristãs ao apóstolo Tiago Maior. Tais peregrinações foram incentivadas pela Igreja pelo desejo de exterminar com os cultos pagãos preservados ainda no Caminho. Muitas capelas e igrejas à Nossa Senhora foram erguidas nos locais onde antes se homenageava a Virgem Negra.
Mais tarde, no Sec. XIII entrou no Caminho outra leva de místicos: Os Templários. Construíram em todo o percurso inúmeros hospitais, hospedarias e capelas para atender os peregrinos. Como já eram perseguidos pela Igreja, foram deixando nestas capelas símbolos onde ocultavam os seus conhecimentos esotéricos.
Para um místico é o percurso imperdível, onde vão encontrar muita energia devocional para abastecer-se espiritualmente e uma simbologia que irá enriquecer os amantes e irmãos da Arte Real, nos seus conhecimentos de oratório e laboratório.
Não relacionar o Caminho de Santiago com a Arte Filosófica Real é despoja-lo de todo o seu sentido e significado Vital.
A “Porta” se revela em todo o seu esplendor no verão, bem tímida nas longas noites de inverno, e praticamente desaparece dos céus na primavera, podendo ser vista apenas no horizonte.
É conveniente chegar a este última parte estendendo o trajeto até Muxía, mesmo passando por sete aldeias (aproximadamente) desde a Finisterrae, porque é em Muxía que se encontra a batida negra da pedra…filhos da Arte!
Dia de celebração.
Santiago é aceite como santo por todas as confissões cristãs não protestantes. É festejado a 25 de julho (Leão=Sol), nas igrejas católica e luterana. Os ortodoxos comemoram-no a 30 de abril (Touro=Vénus), os coptas a 12 de abril (Carneiro=Marte) e os etíopes a 28 de dezembro (Sagitário=Saturno).
O desenvolvimento geográfico, passa em grande parte, por territórios celtas, que adoravam o Deus Lug e chamavam de Via Láctea: o Arco-íris do Deus Lug.
A mitologia de Lug, o representa como um: lobo ou cachorro e outros como um corvo.
Caminhando em sintonia com as correntes telúricas.
O Caminho é marcado pela indicação da Via Láctea, ou seja, segue o Caminho das Estrelas e termina na constelação de “Can Mayor“.
A segunda condição definia os caminhos carregados de energia e pelos lugares mais bonitos, utilizando os monumentos previamente definidos que localizavam a sua construção nestes locais de energias telúricas.
O atual Caminho de Santiago é um Livro Aberto, com uma escrita criptografada que só pode ser decifrada por quem possua a chave.
No desenvolvimento do Caminho, o grupo de Iniciados, colocou as Marcas e Chaves fundamentais, facilmente decifráveis pelos membros de seus grupos e difíceis de interpretar pelo resto.
Estudos nos dizem que esses sinais representam basicamente:
- A Divina Obra da Criação.
- O Culto de Gaia, a Deusa da Terra.
- O registo de um Conhecimento de uma Tradição muito antiga.
- A marcação dos pontos de onde emanam as energias telúricas.
- O Caminho apresenta uma infinidade de Chakras telúricos, que coincidem com os pontos mais importantes das Rotas Esotéricas.
Sincronizando-se no Caminho, no respetivos locais, com as indicações corretas transmitidas pelos símbolos, proporciona um maior aumento do propósito para o qual foi criado. O contacto com a realidade dentro de si e a redescoberta do ensinamento primordial.